E porque fosse um típico sábado paulistano, aventurei-me a encontrar uma boa pizzaria que não tivesse fila de espera.
Depois de algumas tentativas... Sucesso!!!
Sucesso era o nome da pizzaria.
Feliz após alguns quinze minutos de espera, uma boa mesa, num belo lugar.
Cardápio na mão e a difícil tarefa de escolher o que mais me agrada.
Meu marido diz que eu tenho um relacionamento com o prato de restaurante como tenho com os meus sapatos. Acho sempre o da vizinha mais bonito.Mas eu estava disposta a ter muito prazer naquele programa.
Eis que, bem ao lado, chega uma família comum como a minha.
Com a diferença que o marido, já pelo seu tamanho, surpreendia. Era muito alto e muito forte.
A mulher e os filhos, não só pela diferença de porte mas pela postura discreta, não pareciam pertencer àquele conjunto.
Ele falava alto, gesticulava e criou até mesmo incômodo à sua própria família e aos demais comensais.
Permeando sua estada entre acenos pouco discretos, terminaram a refeição para o alívio de todos.
E num rasgo de memória, lembrei-me de uma estorinha que me atrevo a contar.
Certo pai, preocupado em ensinar ao filho o quanto a cortesia e as boas maneiras são importantes, convidou-o para ir ao bosque para escutar o canto dos pássaros.
No caminho, ele se deteve numa clareira. Ficou em silencio e perguntou ao filho:
- Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
- Estou ouvindo o barulho de uma carroça que desce a estrada, disse o filho.
- Isso mesmo. É uma carroça vazia.
Admirado, pois de onde estavam não se via a estrada, o filho perguntou:
- Como o senhor sabe que é vazia?
- Ora é fácil! Por causa do barulho que faz.
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho!!!
Escrito por Amélia Loffredo.
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