terça-feira, 7 de agosto de 2012

Entre Nós - A BUSCA DA FELICIDADE

Essa agitada vida moderna tem sido muito cruel.
Imprimiu no nosso dia a dia um ritmo e uma exigência sem precedência na história do homem.
É a beleza superlativa com o corpo, a pele, o cabelo, as unhas, os dentes, etc.
É a manutenção de um guarda-roupa não mais para o verão e o inverno.
Tem as cores da primavera e do outono nas roupas e nos sapatos. E tem o alto verão.
Ah!! Mas o que é um ser bem cuidado se não for bem informado?
As notícias já não são mais diárias, são minuto a minuto.
E leia-se em notícia, não apenas as matérias políticas, econômicas ou outros fatos em destaque.
É preciso estar ligada às redes sociais, onde uma enxurrada de notícias que você não precisa saber, estão lá esperando por você.
Cumprir a agenda de compromissos sociais e familiares, como o aniversário do sobrinho, o casamento do primo, o chá de bebê da amiga, a festa de quinze anos da amiga da filha... Tudo isso no plural.
E a exigência profissional? Não basta dominar uma língua estrangeira, precisa ser poliglota.
Ter preparo físico para suportar três reuniões maçantes sem dormir em nenhuma.
Tomar café da manhã com cliente, e almoçar com o chefe.
Atender seu celular que toca insistentemente e responder as mensagens.
Isso tudo enquanto você dirige e desvia de um motoboy.
O pior é que quanto mais você faz, mais fica a sensação de estar faltando algo.
É o vazio interior que jamais se preencherá através do nosso relacionamento com o universo.
Precisamos urgentemente nos relacionarmos com nosso mundo íntimo.
Tomarmos uma decisão.
Só pra contrariar, amanhã eu vou dormir até tarde.
Ao acordar, respirar longa e profundamente. Fazer alguns exercícios de alongamento.
Fazer uma oração, onde as palavras subam do coração aos lábios.
Tomar café da manhã com meus filhos e beijá-los com carinho. Curtir mesmo.
E ainda que eles estranhem, perguntar pelos seus amigos e ouvir suas estórias, engraçadas ou tristes.
Andar de bicicleta no parque, sem contar a queima de caloria.
Comer nhoque com porpeta na casa da minha mãe. Deitar no colo dela e ficar em silêncio.
E marcar um cineminha a noite com o meu amor. Enfim:

EU POSSO E MEREÇO ESTAR ONDE É MAIS FÁCIL SER FELIZ!

5 comentários:

  1. Parabéns pelo texto!! Muito leve! Nos convida a olhar de fora para toda essa correria e sentirmos paz apenas por observar e no final colocar esse sentimento em prática como sugere a Amélia, adorei!

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Parabéns, Amélia. Como nesses quarenta anos que já nos conhecemos; sempre serena, objetiva e perspicaz.

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  4. Ah, d. Amélia... a senhora me comove desde sempre! Obrigada pela sua doce presença na minha vida, trazendo sempre o que de melhor um ser humano pode oferecer a outro! Seu modo de ver a vida, de viver a vida, me inspira! Deus te abençôe grandemente! Beijos de saudades! Sílvia.

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