terça-feira, 16 de abril de 2013
Entre Nós - A FÉ E AS OBRAS
Gosto muito de ilustrar a vida com histórias reais.
Aventuro-me então, a contar uma historinha real vivida por mim recentemente.
Necessitando renovar minha carteira de habilitação, dirigi-me após o agendamento, ao posto do Detran no Poupatempo Sé.
Eles exigem agora além do exame médico, uma identificação através das digitais, denominada biometria.
Pois bem nesse quesito, tive um problema: o aparelho não conseguia marcar minhas digitais e, após algumas idas e vindas dentro do próprio posto, fui encaminhada à supervisão que me fez voltar outro dia para receber o ok e ficar isenta das ditas impressões.
Havia uma boa fila de pessoas com esse mesmo "defeito".
Retornando no dia marcado passei por todas as etapas: exame médico, pagamento das taxas...
Retornei a à fila no balcão de entrega dos documentos.
Como estava na fila preferencial em 1º lugar aguardando para ser atendida, pude perceber que uma das três funcionárias que lá estavam se encontrava em dificuldades.
Atendia ela a um queniano que pouco falava a nossa língua e que reunia numa pasta muito grande documentos que justificavam a mudança de seu nome.
A atendente em questão lançava olhares e pedidos discretos de ajuda à sua companheira ao lado.
Esta entretanto, conversava com outra colega e dizia:
- Você foi ao culto ontem?
- Sim, o pastor fez maravilhas - respondia a amiga.
- Cantamos muito e louvamos ao Senhor!
- Ai, eu não fui. Não louvei ao Senhor!
Ainda observando a garota que devia ser novata na função e timidamente tentava uma ajuda das companheiras que lhe ignoravam a dificuldade, ouvi novamente:
- Eu não louvei! Não fui agradável ao Senhor!
Imediatamente a esse comentário fui chamada.
Não pude resistir e brandamente sugeri:
-Sirlene (o nome estava no crachá), não se preocupe em não ter ido ao culto. Deus está lhe dando uma grande oportunidade de você louvá-lo. Ajude sua companheira que está precisando do seu apoio e você será imensamente agradável à Ele.
Nunca "ouvi" silencio maior por 10 longos segundos.
Com um semblante nada amigável ela entregou-me a data de retirada da minha nova carteira.
Enquanto me afastava ouvi apenas uma ordem mal-humorada: "Próximo!"
Amélia Loffredo
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